3 de set. de 2013

ATIVISTAS SE DISFARÇAM DE CAUBÓI PARA REGISTRAR MAUS TRATOS AOS ANIMAIS EM RODEIOS


 Alguns espectadores do rodeio sentem mais dor que os animais dentro da arena. Ou quase isso.

"É horrível ver aquilo, dói fisicamente. Mas é meu trabalho", conta Ronaldo, 31, que é ativista em uma ONG de direitos animais e pede anonimato por trabalhar sob disfarce.

Ele vai há cinco anos a Barretos ("o lugar que mais detesto no mundo!"). Durante a festa, zanza com uma máquina fotográfica pendurada na camisa xadrez.

 Com ela, tenta capturar provas de que animais sofrem maus tratos.

"Já vi bicho tomando choque ao ser montado, chibatada e até usando sedenho, uma máquina de tortura." Sedenho é um artefato de couro que passa pelo saco escrotal do bichão e é puxado na entrada da arena, para atiçá-lo.

Outro apetrecho na lista de tortura das ONGs é uma faixa de couro com um sino que toca perto da cabeça do bovino quando ele se movimenta. "O barulho deixa o animal desesperado", afirma o veterinário Alberto Noba Júnior.

Os organizadores dizem que nenhum animal é machucado na feitura do evento, porém, inúmeras fotografias e vídeos ( Assista ) espalhados pela internet, além de depoimentos de pessoas que já participaram do evento, aponta o contrário.

Carlos Rosolen, do PEA (Projeto Esperança Animal), diz que a ONG mandará ao evento deste ano três fotógrafos disfarçados de caubói.

E os retratos não serão só da fauna. "Vamos para provar que as pessoas vão atrás do show e não do rodeio. É muito simples argumentar: enquanto está tendo só rodeio, as arquibancadas ficam vazias."

Depois da morte de um animal na arena, em 2011, o evento sustou a prova de bulldog, na qual o peão tem de derrubar o bezerro usando apenas suas mãos.

 No lugar dela, vieram novas categorias. 2013 será o primeiro ano em que meninas menores de 13 anos poderão participar da prova de três tambores -em que a competidora, montada a cavalo, deve contornar três barris dispostos na arena, a cerca de 30 metros um do outro.

Somados, os prêmios oferecidos aos melhores competidores de todas as categorias chega a R$ 500 mil.

Mas os ativistas não tentam doutrinar peões e peoas quando estão em campo. "A gente entende que não tem mais como resgatar o pessoal que está lá. Quem está lá não se incomoda com a dor."

Rodeio não é esporte!
Rodeio é crueldade e covardia com seres inocentes.

Vamos lutar pelo fim dessa prática lamentável.

Petição Pelo Fim dos Rodeios no Brasil:
http://www.petitiononline.com/norodeio/petition.html


Fonte:  Folha de S. Paulo

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